Amazonia 2017 – Vigesimo Dia

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Dia 20 – Paramaribo a Nieuw Nickerie
Como a balsa do Suriname para a Guiana Inglesa funciona apenas as 8h da manhã, não adiantava sair cedo de Paramaribo. Resolvemos curtir a cidade com calma e rodar à tarde até a fronteira. O café da manhã “europeu” que foi servido no hotel é bem diferente do nosso. Muita comida salgada e forte, praticamente um almoço. E muitos sucos de frutas locais. Interessante. O café é fraco e horrível. Depois disso, caçamos um taxista na rua e contratamos pra fazer um city-tour baratinho de 1h. A única zebra foi que estava quente pacas e o ar-condicionado do carro estava quebrado. Coisa de calouro apressado, nao olhar o carro antes de contratar. Mas o rapaz era gente boa, conhecedor da cidade e das histórias. A arquitetura do centro de Paramaribo é muito antiga, colonial, toda em madeira. Visitamos as principais construções e locais históricos, com destaque para a Catedral da cidade, a maior igreja do mundo construída toda em madeira. E o Forte Zeeland, onde podemos conhecer mais da história deste país. Inicialmente era território inglês, com os holandeses e franceses também ocupando por perto. A região é recortada por vários rios enormes, e as terras entre os rios eram disputadas pelos impérios europeus. Numa dessas disputas, a Holanda venceu a Inglaterra e tomou as terras a leste do Rio Suriname até o Rio Correntine. Um paralelo, a região do Rio Oiapoque também foi disputada com os franceses, com Portugal levando a melhor. A Venezuela até hoje reclama território perdido para os ingleses na fronteira com a Guiana Inglesa. A colonização holandesa trouxe gente de todo canto do mundo, por isso Paramaribo é multi-cultural com descendentes de europeus, africanos, asiáticos, católicos, protestantes, muçulmanos e judeus convivendo juntos. E pelo que vimos, em paz. No início da tarde o amigo Dennis Lo veio ao hotel, nos guiou até o bairro brasileiro para um lanche e então partimos. A saída meio congestionada, rua apertada, mas após uns 20Km saímos da área urbana e o visual voltou ao padrão: asfalto, sem acostamento e mangue ao redor. Rodamos a tarde toda sem grandes emoções, apenas algumas vilas pelo caminho e sem falta de gasolina para a XT660 (200Km de trecho). No entardecer chegamos ao cruzamento final da estrada. Para a direita a cidade do pernoite, e para a esquerda o caminho de 30Km até a balsa Canawaima. Por que não botaram esse porto mais perto? Bom, seguimos para a cidade, tudo tranquilo. O hotel indicado pelo Dennis é bom e tem um esconderijo pras motos. Mais tarde fomos a pé circular e jantar, acabamos encontrando um restaurante chinês aberto. Não entendemos nada do cardápio, tudo em holandes (eu acho!), e pedimos o mesmo prato que a mesa ao lado estava recebendo kkk. No final era macarrao e frango. Preços acessíveis, nenhuma facada como na Guiana Francesa.

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