Amazonia 2017 – Vigesimo Primeiro Dia

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Dia 21 – Nickerie a Linden
A travessia de fronteira mais demorada. 7h da manhã já estávamos na fila da Aduana. 8h a porteira abriu, entraram todos no pátio, e fechou. Foram duas horas de fila e verificação de papelada para sair do Suriname. As 10h a balsa partiu, o trajeto dura uns 40 minutos. Na entrada da Guiana, mais fila e burocracia. O problema de sempre, o tal seguro do veículo contra acidentes. Pra piorar, era sábado e não teríamos o banco aberto. Um agente alfandegário ajudou. Chamou um corretor amigo, e quando ele chegou fizemos a contratação. Custou 5000 dólares guianeses, para cada moto. Apresentamos o seguro aos agentes então as motos foram liberadas. Já era por volta de 13:30h. Pegamos a estrada, que é a única da região, e o caos é total. O que não tinha na beira da estrada nos dois países anteriores, nesse tinha sobrando. Casas, movimento, veículos e barbeiros, pedestres e animais na pista. Gado, cabras, jumentos, tinha de tudo. Foi assim até a capital Georgetown. Não tem placas sinalizando as bifurcações, se tem devem estar escondidas. Fomos parar dentro de New Amsterdã, atravessamos a cidade toda até percebermos o erro. Voltamos e com muita fome paramos para almoçar na beira da pista em uma tenda de igreja dentro da cidade. Interessante o prato, peixe com fruta-pão, fritos. Saímos da cidade, voltamos um trecho e achamos o caminho para a capital. O trânsito sempre caótico. Na entrada da capital abastecemos, pegamos mais dicas e encaramos a cidade. Com cuidado atravessamos o anel viário e evitamos o centro. Prosseguimos para Linden, mais uns 50Km de caos, até o trevo de acesso. Dali em diante, pista otima pela mata, sem ninguém. Observamos que fora da estrada o terreno é todo de AREIA! Chegamos em Linden um pouco depois de anoitecer, rodamos até a rua principal na beira do rio, pegamos dicas no posto sobre os hotéis, e um habitante nos guiou até um hotel bom bonito e barato. A cidade “assusta”, tudo meio ermo, mato, escuro, mas caminhamos a pé tranquilos, embora bem atentos. Precisávamos sacar um troco, pois o dinheiro que trocamos na fronteira já estava acabando e ir pra 480Km de terra pela floresta com pouco dinheiro é bucha. Os dois bancos não reconheceram nossos cartões, e depois em uma ótima conversa de lanchonete conseguimos trocar dinheiro com a dona do estabelecimento, indo de carona no carro dela até a casa dela. Celso achou que íamos ser desovados no mato naquela noite…

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