Rio-Ribeirão-Brasilia / Bando da Lua MC – Parte I

Rio-Ribeirão-Brasilia / Bando da Lua MC – Parte I

Esta viagem no feriadão de 15/11/11 foi uma aventura tripla, causada única e exclusivamente por um bando de “doidos” por motos que se reúnem virtualmente na lista 2Rodas.

A “pressão amigável” para eu participar da confraternização de 5 anos da lista, que seria realizada em Ituverava/SP nos dias 19 e 20 de novembro, levou-me a encontrar a única solução possível: ir de moto do Rio para Brasília uma semana antes e ir para Ituverava no dia 19 partindo de Brasília. Um bate-volta de 900Km cada perna (Rio-Ituverava-Rio) é legal, mas é muito puxado pra dois dias, não ia curtir o encontro. A solucão ficou bem melhor, pois ia rodar Rio-Ribeirao-Brasilia com calma no feriadão e Brasilia-Ituverava-Rio com os irmãos do El Bando DF no fim de semana seguinte.

Aproveitando que 15/11 seria um feriadão de quatro dias, teria tempo para passar pelo interior de Sao Paulo e encontrar os “primos” Bando da Lua MC em Capivari e Rebelião do Bando MC em Mogi-Guaçu! Esta era a segunda aventura. Passei semanas tentando contato e nada funcionava. Ia no escuro mesmo!

Paralelamente, minha esposa dispôs-se a me encontrar na estrada e, como não conseguimos um parceiro de viagem para esse trecho Brasilia-Sao Paulo, ela lançou-se para sua primeira viagem solitária de moto! É a terceira aventura!

No sábado 12/11, bem cedo conforme combinado, cada um partiu de sua base em direção ao outro sem muita preocupação sobre onde seria o reencontro. Saí do Rio pela Dutra, curtindo o caminho como sempre. Na altura de Barra Mansa, apesar do muro central e grade alta, percebi uma moto deitada e motoristas acenando/desviando. Por sorte estava próximo do retorno e fui pra lá. No trevo 500m antes do local do tombo, um grupo de motociclistas estava parado, meio atônitos, por terem perdido duas motos. Eu parei e avisei-os que as duas motos estavam logo à frente atrás da colina, e pra lá segui. Cheguei ao local e já estava tudo movimentado. Por sorte não houve nada de muito grave. Uma das motos que desgarraram do grupo escorregou no asfalto sujo e a piloto e a garupa ralaram-se bem no braço esquerdo. Um grande susto! A outra moto não caiu e a pilota estava amparando as amigas. O pessoal do grupo, de Lavras/MG, chegou em seguida assim como a PRF. Tudo encaminhado, despedi-me e fui embora preocupado com minha gatinha sozinha na estrada. Seria um sinal?

Os quilômetros passaram rápido, fomos trocando mensagens pelo celular em cada parada, e pelo andar da carruagem combinamos de nos encontrar em Ribeirao Preto. Chutei o ponto de encontro no primeiro posto do acesso para o aeroporto e acertei, afinal sempre tem posto em cidade grande! Cheguei 5min depois dela! Se tivéssemos planejado muito não teria dado tão certo! Kkk Relaxamos um pouco fazendo um lanche e conversando com alguns curiosos, quando caiu uma chuvarada da boa. Tempo bom e sol a viagem toda, mas Ribeirão tem que manter sua tradição de receber-nos com uma pancada de água toda vez que passamos por ela! Apesar de sair do posto quase duas horas depois, com um chuvisco bem fraco, ao cruzar o centro da cidade a chuva ainda era forte e não escapamos do banho! Sem capa, claro, pois rodar 15km de capa numa chuvinha boba é coisa de frutinha. Foi a primeira ensopada do feriadão. Ah se eu soubesse…

Chegamos no hotel de sempre, mas estava lotado e bem mais caro que o habitual. Optamos então pelo alternativo, mais próximo do Pinguim. Sem garagem, mas a gente empurra num canto fechado deles e tá resolvido. A 50 metros do Pinguim, não tem lugar melhor pra poder curtir o bar sem se preocupar com o retorno! Pela manhã, sol de rachar e troca da calça de couro pela jeans. O destino final seria Capivari, “pertinho”, e na estrada resolvi levar a Lilian até o Aniversario do Fuga Em Massa MC, em Santa Rita do Passa Quatro. Repetindo portanto a visita do ano passado, que fiz com o Lobo Negro MC de Brasília no I Pinguim Run.

A festa sempre muito grande, realizada na Pousada Chuchuá, com ampla area de lazer, cachoeira, arborismo, e agora uma tirolesa. O destaque é a casa misteriosa, um lugar que só de olhar já te deixa tonto. Após encontrarmos alguns conhecidos como o Nilzo, cumprimentamos o presidente do FMMC, agradecemos e partimos em direção a Capivari. Um tiro no escuro, já que as várias tentativas de contato prévio foram infrutíferas devido ao cadastro todo errado destes e vários outros clubes em sites ditos “de auxílio” a motociclistas. Em seus próprios sites o email de contato não funciona, ou não respondem.

O sol quente da região ficou pra trás assim que chegamos em Araras e vimos a grande nuvem. Estava chuviscando fraco e conferindo o mapa, o destino ficava à direita e a chuva ia pra esquerda. Bora sem capa mesmo! Pra quê! Assim que entramos na Rod. Bandeirantes, pegamos o primeiro toró! Medimos a intensidade da chuva pelo tempo que leva pra molhar onde o sol não bate, então podemos dizer que esse primeiro toró era bem forte! Aí ferrou, fazer o quê? Parar pra botar capa, depois de molhado? FTW, bora chegar logo em Capivari! A estrada ia pra direita, parava a chuva por vários km, chegando até a secar a roupa (por fora). Numa dessas, errei o caminho e não peguei a saída pra Sta Barbara do Oeste que ia pra Capivari. Em seguida, a estrada foi pra esquerda, e entramos novamente na descarga do penico de Sao Pedro. Seguimos até o acesso pra Monte-Mor, onde pegamos uma estradinha simples em que a chuva já havia passado. Boa a estradinha, sinuosa, mas com alguns buracos e lama. Estávamos indo bem devagar, por ser desconhecida, e alguns carros forçaram ultrapassagem justamente no pior ponto do trecho. Isso tudo com a roupa encharcada e frio do cair da tarde. Atravessamos Monte-Mor e chegamos a Capivari. Procurei direto a praça central, onde avistei um bar e pedi informações sobre o Bando da Lua. Cidade pequena, todos se conhecem! O bar era ponto do MC, mas naquele momento não haviam integrantes no local. Indicaram outro bar também próximo da sede, mas resolvemos ir primeiro a algum hotel botar roupa seca, se houver alguma…

O hotel, no estilo “viajante”, tinha muitos quartos e poucas comodidades então não pudemos secar as roupas molhadas ou lavar as enlameadas. Por sorte, alguma coisa restou seca, mas o principal que era a calça jeans, ferrou-se. Tive que andar pela cidade à noite com a calça de couro mesmo, o que não é novidade pra mim mas pra cidade ficou esquisito… Jantamos, conversamos com varias pessoas, inclusive o vendedor de churros da praça, sobre o Bando da Lua, na esperança de um contato mas, apesar de conhecerem, ninguém tinha o número deles. A cidade estava meio vazia de motos, e então descobrimos que havia um evento na cidade vizinha de Sta Barbara do Oeste. Eles provavelmente estariam por lá. Finalizamos o jantar, pegamos um cineminha daqueles de interior antes de virarem igreja, e fomos descansar o inimigo do he-man, pois ninguém é o homem de ferro! A visita tiro no escuro tinha dado xabú, e molhado!

… vai continuar …

——————————————————————-

Seguem algumas fotos comentadas do passeio do feriadão.

Cliquem no botão “PREVIOUS” para ver na sequencia.
http://s165.photobucket.com/albums/u52/fbressan/viagens/?action=view&current=IMG_1061.jpg


“Não explico porque ando de moto! Para quem gosta, não é necessário,

e para quem não gosta, nenhuma explicação é possível”

Autor desconhecido


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *