Em setembro havia programado uma ida para Palmas/TO. Inicialmente iria de ônibus, mas como pensei uma segunda vez e ponderei: ” Por que não ir de moto?!”.

Então uma semana antes da data programada, 29/10, deixei a Lander no Toninho para uma revisão pré viagem. Segunda feira deixo a moto na loja dele e na terça pela manhã recebo uma ligação: “Luiz, tu não vem pegar a moto não? ela está toda ok e não precisou fazer nenhum tipo de reparo ou manutenção”. Após a ligação fui busca-la na hora do almoço, passei na loja de peças onde comprei óleo, filtro de óleo e uma vela nova já que a moto estava beirando os 30 mil e ainda não havia substituído a vela.

Sábado passei o dia por conta, trocando o óleo e filtro, limpando o filtro de ar, ajustando a altura do farol (já q viajaria com ela completamente carregada) e por fim, lavando, limpando e lubrificando a  corrente para os 900 km q iria enfrentar no dia seguinte.

Na noite de sábado aprontei a bagagem, as malas laterais coram com as roupas e calçados, o baú foi com uma mochila com notebook, carregadores, saco estanque, 1 L de óleo (caso fosse necessário), capa de chuva e bomba e remendo de pneu, que não precisei usar.

A moto estava calçada com um jogo de pneus IRA BUNKER que se mostrou excelente em todas as condições que enfrentei.

Então saí as 5:30 da manhã de domingo.

Uma leve garoa, piso molhado, rumo a lanchonete Vó Belmira onde iria parar para tomar o café da manhã. O clima estava ao meu gosto, um pouco frio o que para mim é excelente. Fui com uma jaqueta de verão já pensando na previsão do tempo q havia visto no App… Grandes chances da viagem ser debaixo de muito sol, e foi!

Asfalto espetacular e um Sol, por volta do meio dia até as 3 da tarde, de fazer inveja ao Deserto Saara. em um determinado momento era mais confortável estar com o capacete fechado do que estar coma  viseira aberta por conta do calor extremo e do ar ambiente incrivelmente quente.

No trecho de Arraias diminuí a marcha… passando a andar entre 80 e 90 km/h por conta do calor extremo q me fez duvidar da capacidade de refrigeração do motor.

Mas a Lander se comportou muito bem. em ” altas Velocidades” ela manteve o consumo na ordem de 25km/l o que não achei nada mal uma vez q meus cento e poucos quilos, mais bagagem e arrasto aerodinâmico causado pelas malas laterais definitivamente não ajudavam na manutenção de uma boa média.

Mas foi o suficiente para rodar 200km sem preocupações, apesar de eu ter parado em praticamente todas as cidades para completar o tanque e me hidratar.

Finalmente depois de pouco mais de 10 horas de viagem num calor escaldante chego em Porto nacional, onde o bom asfalto já havia se despedido e maquinas estavam na pista forçando o sistema de “Pare e Siga” uma vez que o resto do péssimo asfalto era arrancado para a colocação de um novo.

A essa altura o calor já havia diminuído um pouco mas as obras na pista “encascalhada” favoreciam em muito uma poeira que impregnou tudo.

No feriado do dia 02/11 precisei voltar para Brasília e o cenário era completamente diferente daquele encontrado na ida para Palmas.

Saí as 6:30 da manhã e peguei Muita, muita chuva mesmo de Porto Nacional até Natividade. A roupa de chuva não suportou o volume de d´água e extravasou por completo, mas, sem problema.

De alma lavada, literalmente, segui rumo a Brasília conseguindo manter uma boa média horária com uma constante na das dos 110 km/h.

Por fim, por volta das 19h já estava em Brasília.

Conclusão: a Lander 250 2022 atendeu as expectativas, não me cansou muito. Foi bem de acordo com o que eu imaginava q seria. Moto robusta, confiável relativamente econômica ( comparando com o consumo urbano de 35km/L). Enfim, atende bem e de acordo com a proposta dela, sendo possível cobrir 900 a 1000km em um só dia sem que ao final esteja estafado fisicamente.