Amazonia 2022 – Dia 19

Amazonia 2022 – Dia 19

Ao despertar aquele barulho de chuva já acendia o alarme mental! Tava forte a bagaça! O café era na padaria do outro lado da rua. No Zuzupan! O cara é uma figura! Divertidão e contou várias histórias da vila e de suas aventuras de moto pelo Brasil. É legal demais esse tipo de encontro, momento de troca de experiências. Ali fomos enrolando esperando a chuva passar e nada. Também ficou ruim para visitar outra cachoeira como planejado.

Então percebemos que não ia ter jeito mesmo, a aventura de hoje vai ser rodar na chuva mesmo. 100Km de asfalto até a BR-174 novamente, e depois mais 100Km de asfalto até Pacaraima. Rodar na chuva não nos assusta, só é tenso mesmo! Viseira embaça, a capa esquenta, o piloto fica todo travado, qualquer movimento abre uma passagem de água gelada até o rego. Mas gosto é gosto! Amamos a vida que temos e vivemos a vida que amamos!

A travessia da Serra do Tepequém, que na verdade são encostas de um vulcão extinto, no piso molhado e escorregadio foi surreal. São bem íngremes, de fazer inveja à Serra do Rio do Rastro! Um troço do outro mundo percorrer esta estrada. Depois temos a parte plana sinuosa até Amajari e o trecho plano mais retilíneo até a BR-174. Tudo tranquilo, e molhado.

Na BR-174 os primeiros quilômetros foram também de boa. Pavimento decente, recapeado. Pouquissimos buracos. Até chegar a parte final, a serra de acesso à Pacaraima. Rapaaaaaiz! Em obras de restauração, praticamente toda na terra, que tinha virado aquele sabão com as chuvas. Terra dura molhada, é o pior piso pra qualquer pneu! Parei pra bater uma foto em uma ladeira, e depois quase que não saio do lugar mais… escorregando, controlando o rumo, saindo de lado. Foi lindu!

Felizmente são apenas 25Km dessa serra barrenta, que em breve deve ficar totalmente asfaltada de novo. Destaque para a paisagem incrível das montanhas e da vegetação. Pelo caminho vamos passando também por várias entradas de aldeias indígenas. E assim chegamos ao posto de controle da PF/Aduana, onde conferiram os documentos pessoais e das motos. Tudo certo. Uma última ladeira de barro e estávamos já entrando na cidade, onde retorna o asfalto.

Visitamos o Marco BV-8, que sinaliza a fronteira Brasil – Venezuela. Muitas fotos, tempo nublado, as minhas nao ficaram boas kkk. Voltamos pra cidade, passamos pela área de acolhimento dos refugiados, mas não pudemos ver ou avaliar nada. Só percebemos bastante movimento. Rodamos por dentro da cidade rapidamente para procurar posto de gasolina e hotel. No final acabamos voltando lá na fronteira para abastecer num posto venezuelano e depois resolvemos ficar no mesmo hotel que a Marli tinha utilizado. Ela partiu de manhã, e acabamos não nos encontrando pelo caminho.

De noite caminhamos pela cidade até um bom restaurante, onde pudemos conversar com uma moradora bem conhecedora da situação local, e aprender bastante com isso. Como disse Amir Klink, a pessoa tem que ir e ver com seus próprios olhos, parar de ser senhor do que não conhece.

Bora dormir que amanhã tem 300Km de terra pela frente até Uiramutã! E as informações sobre a estrada são as piores!

5 Responses »

  1. Bom dia Bressan.

    Tenho interesse em adquirir o kit do filtro K&N anunciado para Hiimalaya por você no YouTube.
    Como faremos o pedido.
    No aguardo.

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