Amazonia 2022 – Dia 17

Amazonia 2022 – Dia 17

Com as motos já revisadas e preparadas, hoje saímos cedo de Manaus, rumo a Boa Vista. Serão 750Km aproximadamente. No meio do caminho tem a travessia da famosa Terra Indígena Waimiri-Atroari. Aquela que fecha a estrada das 18h as 6h da manhã. As informações dos amigos indicam que a estrada degradou bastante, com muitos buracos e até uns trechos de terra. Em 2017 quando Celsão e eu passamos ali, voltando da Guiana, estava asfaltada e perfeitinha. Agora vamos conferir ao vivo como está atualmente.

Como a saída de Manaus “é fácil” rodei sem o navegador no guidão, e deu zebra! Tem uma pegadinha em um trevo. Não entendi direito a placa (ou nem vi) e continuei no rumo natural da avenida… só que não era o rumo certo. Até entender o erro, observando a placa AM-010 em vez de BR-174, já tinha rodado uns bons 7Km hehehe. Perdemos um tempinho mas tudo certo, faz parte.

Depois de entrar na estrada certa, passamos por uma cidade chamada Presidente Figueiredo. Pra quem não conhece, anote aí porque vale a pena demais passar uns dias aqui conhecendo as várias cachoeiras e cavernas do local. Incrível né? Muita gente acha que a Amazônia é totalmente plana, mas não é beeeem assim não. Ela tem seus tesouros escondidos também!

Até Pres. Figueiredo a BR-174 está boa. Depois começa a aparecer os buracos, mas nem perto do que foi a BR-364 no Acre. Então tava tranquilo, desvia e segue adiante.

Assim chegamos na Terra Indígena, que por uns 50Km estava bem conservada. Pista simples, sem acostamento, floresta encostada na pista. Alguns momentos bonitos com “tunel de árvores”. Tudo semelhante à travessia de 2017. Aí começou o trecho ferrado! Buracos cada vez maiores e longos, até virarem trechos sem nenhum asfalto. Terra batida, firme, já sinalizando alguma manutenção realizada antes. A caminhãozada levantando poeira, fazendo a dança desviando da buraqueira, e nós três (eu, Marli e Sérgio) prosseguindo com cuidado, devagar e sempre. Tem que buzinar e avisar o camioneiro, pra ele perceber sua presença e não jogar o caminhão em você ao desviar de algum buraco. Um trecho grande estava molhado ainda, talvez de alguma chuva noturna.

Mas no final deu tudo certo. Chegamos na divisa dos estados AM e RR, agora com uma sinalização. Em 2017 não existia a placa. Mais fotos para a coleção, e continuamos adiante. No lado Roraima, a estrada bem conservada, conseguimos elevar o ritmo. Saímos da Terra Indígena, onde percebemos a instalação dos postos de controle que foram combinados (PRF, Receita Federal, etc). No lado Amazonas não tem ainda. Quando isso estiver pronto e ativo, a BR-174 não será mais fechada de noite.

Continuamos na estrada e logo chegamos ao marco da linha do equador, sempre muito legal. O monumento está melhor conservado e decorado do que em 2017. Tem um barzinho próximo também.

Com o cair da tarde, e a distância grande entre as cidades, olhamos o Google Maps e decidimos tocar até “Bacabal” antes do sol se pôr. Só que ao chegar no ponto, não tinha nada além de estrada e mato! Mais uma “pegadinha” dos mapas errados. Tivemos que continuar em frente, já com o sol indo embora. As pequenas vilas na beira da BR não tinham nada de pousadinha visível na beira do asfalto, então nem paramos, para não perder tempo precioso de sol. Anoiteceu pelo caminho, e rodamos mais uns 60Km até chegar em Caracaraí já de noite bem escuro. Um pouco tenso pela possibilidade de buracos, nem sempre visíveis a tempo de desviar, então fomos devagar.

No fim, tudo certo! Chegamos bem, e vamos banhar, jantar, descansar, que amanhã faremos tudo de novo! eheheh

 

  

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