Amazonia 2022 – Dia 18

Amazonia 2022 – Dia 18

Mais um dia iniciando cedo pra fazer render! Cafézão no hotel e bora pra estrada. Rodando pela BR-174 rapidamente após 128Km chegamos em Boa Vista e pegamos o anel viário, novidade para nós. Esse desvio da cidade é muito bom e ajuda legal. São 30Km de pista simples e muito boa.

A paisagem totalmente plana, pradaria. Bem diferente da “floresta” que muitos pensam ser o padrão na Amazônia. Roraima tem floresta claro, mas na região de Boa Vista e ao norte/nordeste, temos a presença do “Lavrado”, que é uma savana. Continuação da “Gran Sabana” que também existe na Venezuela e na Guiana.

Após o anel-viário, retornamos à BR-174! A estrada continuou boa, até chegarmos no trecho em obras, coisa de 30Km após a capital. Nada grave, alguma terraplenagem, alguns buracos, vamos desviando e seguimos adiante. As motos passam tranquilas, os carros, caminhões e ônibus que tem que reduzir bastante e cuidar mais do impacto na suspensão.

A estrada vai passando e chegamos na localidade “Pres. Medici”, também chamada de Vila 3 Corações ou KM 100. Aqui temos um ponto de separação. Marli tem seus compromissos em São Paulo e não vai poder ir até a Serra do Tepequem conosco. Ela vai direto daqui para Pacaraima, a fronteira Brasil/Venezuela, e o extremo norte asfaltado do Brasil.

Eu e Sérgio vamos conhecer a Serra do Tepequém, um ponto muito recomendado pelos amigos de Boa Vista e Manaus. Uma pequena vila, no alto de uma serra, com várias cachoeiras para visitação. Aproveitando esta viagem para Roraima, incluímos este ponto no planejamento e pra lá iremos. São 105 quilômetros a partir do “trevo do 100” onde estamos agora. Nos despedimos da Marli e cada um pegou seu rumo.

Seguimos pela estrada estadual RR-203 bem estreitinha, pista simples, sem acostamento. Recém recuperada e reformada em grande parte, mas com alguns buraquinhos ocasionais. Abastecemos em Amajari, cidade base para a região ali. E logo estávamos contemplando ao longe alguns morros, que imaginei serem a tal Serra do Tepequem. E não deu outra, a estrada foi contornando e aproximando desses morros. Logo estávamos subindo e descendo colinas, até chegar numa sequencia de curvas fechadíssimas e subida íngreme de fazer inveja à Serra do Rio do Rastro! Espetacular!

No topo, a placa dava as boas vindas! Paramos pra fotografar, claro! E mais um pouco, descendo, chegamos na vila. O visual incrível. Percebi logo que estávamos dentro de um anel circular de morros. Pensei “ou é cratera ou é vulcão!” a formação desse relevo todo. Não pesquisei nada antes, não queria estragar a surpresa!

Chegamos pelas 14h, localizamos um restaurante aberto e almoçamos. Pegamos algumas dicas, escolhemos uma pousadinha pra deixar as bagagens e fomos rapidamente aproveitar o fim do dia conhecendo o mirante e a Cachoeira do Paiva. Realmente tudo muito simples e muito bonito!

Voltamos antes de anoitecer e como era domingo, muita coisa estava fechada. Mas conseguimos jantar e aprender bastante coisa sobre o local. O turismo está iniciando ainda, tem algumas falhas pra quem chega “fora do dia dos turistas” mas é uma região que vale a pena passar vários dias explorando as trilhas e paisagens.

 

One Response »

  1. “A serra de Tepequém é, na verdade, um vulcão extinto. Ela abriga uma pequena vila onde antes funcionava um garimpo e hoje se destaca pelo potencial turístico”

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