
DICAS PARA A BR-242 NO MT E TO
A BR-242 interliga os estados de Mato Grosso, Tocantins e Bahia, conectando a BR-174 no oeste do MT, com Salvador no litoral brasileiro. Uma rodovia “horizontal” leste a oeste, que está 100% pronta na Bahia, teve uma grande evolução em Tocantins nos últimos anos, mas no Mato Grosso ainda tem muita terra e desenvolvimento a acontecer. Ela cruza a Ilha do Bananal, o Xingu, e áreas do interior do MT ainda em desenvolvimento.

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No Mato Grosso, percorremos em 2022 a futura rota pelo Sul do Xingu, entre Sorriso e Canarana. Antes da nossa passagem, o Google Maps não roteava estes pontos. Este novo traçado foi necessário para contornar o Parque Nacional do Xingu, e está se desenvolvendo junto com o agronegócio na região. Ainda é de terra, mas já é transitável na época seca.
O mapa acima mostra a rota da BR-242 no MT, note que alterna muita terra ainda com o asfalto. Um grande desafio é o asfaltamento entre Alô Brasil e São Félix do Araguaia, que ainda não foi iniciado.
Em Tocantins o trecho entre PEIXE, PARANÃ e TAGUATINGA foi implantado nos últimos 6 anos, já estando totalmente asfaltado e conectado com a Bahia. Facilitando o escoamento de produção da região do MATOPIBA (fronteira quadrupla Mato Grosso, Tocantins, Piauí e Bahia) para a BR-153 e posteriormente o porto de Barcarena próximo de Belém.
Notem os 100Km de AREIA da Ilha do Bananal, que é Terra Indígena e MUITO complicado para atravessar na época seca e inviável na estação chuvosa (alagamento por toda a ilha).
RISCOS NOS TRECHOS DE TERRA:
– Pane seca: São centenas de KM em trechos ERMOS sem nada nem ninguém. Trânsito mínimo! Leve galão de 5 litros ou mesmo de 10 litros, e reduza a velocidade para render mais. A gasolina geralmente é comum, tem postos com e sem bandeira, e não peguei gasolina adulterada.
– Poeira: Na época seca o trecho é famoso pela poeira alta (poaca). A pista parece boa mas a poeira esconde as valas, buracos. Vá com cuidado. De moto as quedas são comuns e as proteções na moto e nas suas articulações (ombro, cotovelo, joelho, tornozelo) são importantes.
– Atoleiros: Na época de chuva mesmo, fica alagado e intransitável. Na transição, pode ocorrer poças e atoleiros onde os trechos são de terra/barro. O barro é muito liguento, vai entulhar paralamas, pode travar a roda e cair. Retire o paralamas se for rente à roda, e use cordas nos pneus para aumentar a tração.
– Acidentes: Os riscos (de moto) são as quedas nas valas ocultas pela poaca, desníveis altos nas cabeceiras de ponte, derrapadas nas curvas, quedas na areia, e a falta de visibilidade na poeira alta. Tem muitos trechos de pista estreita! Não subestime a estrada.
CONDIÇÕES DA RODOVIA:
Onde é asfaltado, está bom! Nos trechos de terra o melhor lugar para obter informação é ligando nas prefeituras ou postos de gasolina. Uso o google maps para achar os pontos, telefones e ligar.
ERROS DOS MAPAS:
Aqui também é um ponto crítico! A maior parte da estrada consta no Google Maps. Mas as vicinais rurais nas áreas do traçado planejado ainda tem algumas falhas de roteamento e navegação.
Lembre de ver no mapa do site MOTOENCONTROS os pontos que já marcamos lá, como postos de gasolina, hospedagens, restaurantes, e outros locais interessantes. Pra quem gosta, tem as coordenadas para você passar para seu GPS.