Itapirubá fica na divisa entre os municípios de Imbituba e Laguna, e a praia norte é um ponto de visitação de baleias francas no inverno. Há um observatório com material educativo sobre a preservação da baleia. Agora que a Natália já está grandinha, levei-a novamente ao observatório para aprender sobre este importante ponto da história de Santa Catarina. A caça às baleias foi item de subsistência da população pesqueira de Imbituba, e as baleias francas quase foram extintas. Felizmente a atividade foi banida há 30 anos e hoje com a população de animais crescendo, elas estão retornando às praias da região, sendo alvo de uma caça mais saudável, a caça fotográfica!
Em Imbituba, a última estação baleeira do litoral brasileiro foi transformada em museu e está aberta à visitação pública. O material em exposição é muito interessante e é um aprendizado fantástico sobre os mais diversos aspectos da caça à baleia. Por exemplo, antes da eletricidade e do petróleo, os postes das ruas queimavam óleo de baleia para iluminar as cidades. Óleo de baleia era misturado à argamassa para construção de paredes. Não é a toa que quase se extinguiram esses bichos… a economia que hoje é do “óleo de pedra”, antes era do “óleo de baleia”.
Fica-se sabendo ainda que navios baleeiros de outros países vinham caçar por aqui, e que com navios superiores tecnologicamente a caça predatória foi ainda mais acirrada, prejudicando ainda os pescadores locais de obterem suas presas com navios obsoletos. Até parece hoje: a marinha ainda não controla o nosso mar, e utilizamos veículos atrasados em relação ao exterior.
Por volta do dia 2 de janeiro, vendo o tempo melhorar, convidei meus pais para viajarmos de moto até a Serra do Rio do Rastro e almoçarmos “lá em cima”. Minha mãe querendo fugir da raia reclamava que o banco da virago era desconfortável, então instalamos uma “cobertura” que meu pai conseguiu numa oficina. Pode até ter ficado feio, mas que ficou confortável, ah isso ficou! A hora que ela experimentou o banco novo, falou “pode ir até ushuaia desse jeito!”. eheheh
E assim zarpamos de Itapirubá no dia 3, rumo a Tubarão, Gravatal até Orleans, onde passamos rapidamente pelo Museu da Imigração Italiana. Estava fechado então só tiramos fotos do lado de fora. Já visitei este museu anteriormente e ali mostra como era a vida das colônias no final do século XIX. Vale a visita com tempo para curtir o dia todo.
Continuamos a viagem para Lauro Muller (berço da extração carbonífera no sul de SC, mas essa é outra história) e iniciamos a subida da famosa “Serra do Doze”. Já subi e desci essa serra várias vezes antes, mas seria a primeira vez de moto! Doze porque ela sobe 1000 metros de altitude em 12km apenas, contornando a encosta da montanha. Possui curvas fechadíssimas em alguns pontos, onde caminhões e onibus precisam manobrar pra passar. Diz a piada que as curvas são tão fechadas que você vê a placa de trás do seu próprio carro!
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“Não explico porque ando de moto! Para quem gosta, não é necessário,
e para quem não gosta, nenhuma explicação é possível”
Autor desconhecido
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