Sturgis 2013 – Dia 7

Sturgis 2013 – Dia 7
Sturgis 2013 – Dia 7

Sabadão, finalmente o evento!

Pensem numa cidade de 6000 habitantes, recebendo em sua avenida principal centenas de milhares de pessoas durante 6 dias de evento! Começa na terça e vai até domingo. Historicamente, começou em 1940 quando o MC local organizou algumas competições. E ainda são realizadas!

Com o tempo o evento cresceu tanto que em 2000 passou a ser regional, com atrações espalhadas pelas cidades vizinhas num raio de até 160km. Shows variados, manobras, lançamentos de novas motos, competição de customização, test-drive de motos, vale tudo para atrair a atenção (e a grana) dos participantes. A “loucura” foi afastada da cidade, ficando num acampamento monstruoso chamado Buffalo Chips. Lá tem de tudo! Na cidade ficou a parte “certinha” da festa: povo andando pela avenida e consumindo tudo que é quinquilharia sem brigas. Bebida alcoolica somente dentro do bar, na rua não pode.

Exceto pelo inglês, poderia facilmente estar num evento no Brasil: os mesmos patches com frases engraçadinhas, mesmos produtos à venda, pessoas normais e, como sempre tem, os “malucos”. As motos, 98% eram Harleys. Vimos varias motos diferentes de HD, mas realmente eram poucas no total. A esmagadora maioria dos motociclistas estavam sem colete, ou com coletes “genéricos” (cheios de patches, mas sem filiação a algum mc). Poucos realmente com patches de MC. E nestes, mesmo assim, tinha de todo tipo, formato e cor, uma, duas ou três peças. Quem acha que no Brasil tem “caos”, devia vir aqui ver o “hipercaos”. Usei o colete do El Bando sem qualquer problema no evento ou na estrada. Apenas UM cassino em Deadwood tinha o aviso “no colors” na entrada. Conversando com vários motociclistas nos postos na estrada e mesmo no evento, a regra geral parece ser “ninguém liga pro que você veste, mas sim para como você age. Aja com respeito, e será respeitado.”

Descobrimos na cabeçada que quarta e quinta são os melhores dias! O americano “normal” tira a semana de folga, parte no sábado antes do evento, curte o meio da semana, e retorna de forma que no domingo ja esteja em casa de novo, pronto pra trabalhar na segunda. Isso explica aquele tanto de gente voltando, enquanto estávamos indo!

No sábado que fomos já estava “fraco”, segundo alguns lojistas com quem conversamos. Muitos já desmontam as lojas no sábado a noite mesmo. Domingo é a xepa, liquidação geral.

Visitamos o Museu de Motociclismo, fantástico, e depois corremos algumas dezenas de KM para visitar o Monte Rushmore (os quatro presidentes entalhados na montanha) e o Crazy Horse Memorial. Este ultimo será um colosso quando pronto. Concebido como uma resposta indígena ao Mt. Rushmore, para homenagear os heróis nativos, foi escolhido o líder guerreiro Crazy Horse, que nunca assinou um tratado nem se deixou fotografar. A escultura é tão imensa que os quatro presidentes cabem na cabeça do índio! Está em andamento, e serão muitos anos até terminar, pois não aceitam dinheiro do governo para acelerar a obra.

Voltamos de noite, pela estrada no interior das Black Hills. Fantasmagórico, frio, e o medão de aparecer um alce, urso, puma, pé-grande, ou qualquer outro bicho esquisito… Kkkk

Não tive tempo para procurar a parte barra-pesada do evento, certamente fora da cidade.

A foto do dia é numa rua transversal, que dá visão para o letreiro da cidade no morro próximo.

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