Floripa 2017

Floripa 2017
Floripa 2017

Agora em fevereiro de 2017 passei algumas semanas a trabalho em Florianópolis. Já que ia ficar “um tempo”, resolvi ir de moto, claro. E dentro da filosofia de conhecer novas estradas sempre, dei uma olhada no meu mapinha e vi um caminho que ainda não tinha feito, pelo interior de SP.

A IDA

Roteiro traçado e memorizado, chegou o dia da partida, simbora pra estrada. Dou aquela adiantada de noite após o trabalho, coisa de 300 a 400Km dependendo da animação. Nessa noite cheguei em Uberlândia perto da meia-noite, e previamente combinado fiquei na casa do amigo Benatti. Grande parceiro desde a movimentada lista 2Rodas, e seus encontros intergaláticos periódicos. Fizemos um em Uberlândia anos atrás, e claro ficamos relembrando as histórias desse evento e dos amigos, até altas horas da madrugada.

No dia seguinte, parti não muito cedo (huauheuahe) para Ribeirão Preto e então entrei na rota nova. Araraquara, Jaú, Avaré. Tudo asfalto, plano, sem graça. Os km e o tempo vão passando. Só paro para abastecer e lanchar, normalmente a cada 250Km. Uma serrinha para Itararé, passo a divisa SP/PR e a estrada continua boa. Chego em Piraí do Sul e repito o trecho até Castro, de meses atrás quando fui no encontro do VMAS. De Castro fui sair lá em Ponta Grossa.

No Paraná peguei um trecho também novo, indo de Ponta Grossa para Lapa e Campo do Tenente. Cheguei em Lapa anoitecendo, e como tinha marcado compromisso com o parceirão Sérgio de Rio do Sul, fui prosseguindo pela estrada desconhecida. Essa travessia para Campo do Tenente foi bem legal, a estrada pista simples, sinuosa, colinas, do jeito que eu gosto. Mas pouquissimo movimento, sem poder usar algum carro como guia, então tava indo devagar. Em alguns momentos um carro passava em alta velocidade, certamente morador e conhecedor da estrada. Escolhi um carro que estava em velocidade compatível com minha tocada e fui atrás mantendo a devida distância. O motorista percebeu que estava sendo seguido, testou algumas variações de velocidade (reduziu, reduzi tb, depois ele acelerou, dei distancia mas prossegui) e ficou mais tranquilo. Fomos juntos por dezenas de quilometros. No meio do trecho uma ponte estreita mão-única, armação de ferro, achei interessante. Deve dar umas brigas boas de quem chegou primeiro na ponte e alguém dar ré pro outro passar.

Após Campo do Tenente, chego na BR-116 e entro em Santa Catarina por Mafra. Uma das BR mais movimentada do país, cruzando de norte a sul por 4000Km. De Vacaria/RS até Vitória da Conquista/BA já percorri, em inúmeras viagens todos estes anos nesta indústria vital. A pista continua simples, sinuosa, mas está bem conservada. E tem pedágios. A sinalização horizontal está nova e a estrada brilha de noite, muito bom. Já é tarde da noite e a temperatura esfria.

Em Santa Cecília, tinha planejado pegar um trecho para Taió, mas o pessoal no posto de gasolina informou ser de terra, e aí percebi que já estaria abusando do anjo da guarda. Vamos pelo asfalto mesmo. Peguei a SC-470 mais adiante, já é o rumo para Rio do Sul. O cansaço chegou, rodei me arrastando na pista e então levei mais tempo ainda para chegar na casa do Sérgio, já pelas 3h da madrugada. E ainda fomos proseando e bebemorando até as 5h.

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