Dia 26 – Vila Igapó-Açu a Humaitá/AM
A Pousada Beira-Rio tem 5 quartos, um com ar-condicionado. Deixei pro Celso, sabe como é, terceira idade merece. O meu tinha ventilador. Um descanso ótimo, interrompido as quatro da madruga pelo cantar dos galos. Aaaah, a natureza! 😉 Pelas 6h levantamos e tomamos um café na vizinha. O Restaurante Nonato tem gasolina também, abastecemos e partimos. Temos aproximadamente 400Km de terra pela frente, não dá pra perder tempo. Em 2016, o trecho de 40Km entre a Pousada Terra Rica e a Vila Igapó-Açu estava “perfeito” permitindo 90Km/h pela terra. Este ano, parecia resultado de bombardeio aéreo. Mais pra frente, a corrente da XT quebrou na emenda, aquela que foi consertada/feita em Aruanã/GO 6000Km antes. Durou bastante, já que o mecânico “escareou” o furo do elo para caber a emenda… só descobrimos ao ver os pedaços. Mas Ok, Celso tinha corrente sobressalente, trocamos e seguimos adiante. A sensação de estar no prego no meio da selva é inenarrável. Fomos percorrendo e relembrando a passada pelos anos anteriores (Celso em 2015, Bressan em 2016). Notamos que haviam muitas novas construções, geralmente restaurantes, próximos das pontes. Serão importantes apoios na época das chuvas onde a estrada vira um atoleiro de 400Km. Fotografei tudo e anotei as coordenadas para lançar no Google Maps. Também vimos que várias pontes ferradas ano passado já estavam restauradas, e vice-versa, pontes que estavam boas já foram destruídas. O trecho entre a Fazenda dos Catarinos e a Vila Realidade, que estava detonado, agora estava um tapete. Pegamos também algumas poças de poeira/talco, mas como Genghis já havia informado sobre quais trechos estavam assim, fomos com cuidado e não caímos. Chegamos na Vila Realidade no meio da tarde, abastecemos no único posto. Lembrando que são 490Km entre os dois postos oficiais do trecho. Não sei porque mas o posto limpou todas as paredes e retirou os adesivos. Um hábito comum entre os aventureiros, registrar sua passagem mediante a colocação de adesivos onde puderem. Eu curto, tiro fotos e depois vou conferir se tem a aventura na internet já disponível para leitura. Continuamos a viagem, o trecho entre a Vila Realidade e o reinício do asfalto tem aproximadamente 40Km, e vive sendo terraplenado… parece obra de igreja, não acaba nunca. E a passagem das motos fica um pouco mais difícil, terra fofa, molhada, barro entulha nos pneus, escorrega, etc. Faz parte da aventura nesse trecho. Já o trecho de asfalto até o trevo com a BR-230, piorou MUITO. Não lembro de tanto buraco em 2016. E não há expectativa nenhuma de restauração desse asfalto, ou seja, só piora. A BR-319 já não é mais “a rodovia fantasma” pois está sendo cada vez mais utilizada novamente. Agora ela é “a rodovia mutante”. Uma semana um passa bem por ela, na outra já está tudo diferente. Fechamos o dia chegando em Humaitá, ao entrar no hotel acabou a energia elétrica. Encontramos dois motoviajantes de Fortaleza, tinham acabado de fazer a BR-230 Transamazônica. Aluízio numa XT e Hamilton numa KTM Duke 390 preparada para esta missão, acho que a primeira Duke 390 a cruzar a Transamazônica! Mais tarde encontramos Rogério nosso amigo da cidade, e a dupla de gaúchos Quinhones e Almeida, percorrendo também a Transamazônica no sentido inverso até o litoral. Uma baita comemoração com amigos aventureiros e muito papo de estrada!
set27
Show os relatos. Dia 21 eu e 3 amigos iniciaremos a travessia de Manaus a Humaitá. Somos de Curitiba e estamos enviando as motos de Caminhão a Manaus. Voltaremos rodando. Abraço!!!