EB Visitando Palmas

EB Visitando Palmas
EB Visitando Palmas

Final de semana de 23/3/19 foi nível master! 1750km rodados. Visita a Palmas, capital do Tocantins, para apresentar a Himalayan e a Continental GT aos amigos. Fizemos também a palestra sobre dicas de viagem, além do churrasco, claro!

A brincadeira começou algumas semanas antes, quando prometi ao Teneré Club Tocantins que levaria a Himalayan depois de amaciada para eles conhecerem. Alinhamos uma data com Adriano Kramer do Teneré Club e com grande apoio dos amigos do Escória MC que abriram sua sede para esse encontro. Devido à distância de quase 900Km entre Brasília e Palmas, programamos tudo para sábado à tarde, planejando aproveitar a noite de sexta e a manhã de sábado para o percurso da ida.

Partimos na sexta após o trabalho. Cada um foi para o posto de gasolina na saída da cidade e quando todos chegaram, partimos juntos. Época chuvosa na região, noite úmida e temperatura amena. Já em Planaltina de Goiás pegamos a primeira chuva, que acabou não durando muito. Abastecemos em Alto Paraíso após 200Km rodados. Sendo a menor moto do bonde, a Himalayan foi na frente, puxando o bonde com o acelerador em fim de curso. Nesse primeiro abastecimento o consumo deu 18Km/l, surpreendendo a todos. Na GT o velocímetro indicava 120Km/h durante o trecho. A diferença de odômetro parcial entre as duas motos, na faixa de 20Km na distância percorrida, foi considerada anormal. Com esse consumo altíssimo, podemos suspeitar que a Hima estava mais rápida do que 120Km/h. Após Alto Paraíso, Bressan foi na frente com a GT, puxando o bonde na faixa de 115Km/h ou menos. Percorremos a GO-118, estrada muito boa, até a divisa de Goiás e Tocantins. Adiantamos 420Km até Arraias, cidade colonial histórica do sudeste de Tocantins. Nosso amigo Wagner de Campos Belos indicou um hotel bom bonito e barato, 50 reais cada pessoa, em três quartos duplos. Simples mas limpo e eficiente.

No sábado cedo, após um café rápido a chuva fina começou. Abastecemos e partimos para mais 200Km de trecho, até Natividade. Como a chuva era fraca e o horizonte parecia melhorar, alguns foram sem capa, outros só com a calça de chuva. Após alguns km percorrendo uma lindíssima paisagem de vales e colinas, a chuva desabou com força. Visibilidade diminuída, fomos mais devagar e acompanhando as lanternas traseiras. Chuva e asfalto seco se alternaram por três vezes. As capas de chuva não deram conta. No posto em Natividade estavam todos encharcados e gelados. Fizemos um bom lanche e partimos com chuva ainda. Após 150km rodados pudemos tirar as capas de chuva, o horizonte limpo animava a chegar em Palmas com sol. Estávamos já perto de Silvanópolis, faltando 90Km para chegar no destino. Esse último trecho foi mais devagar, a passagem por Silvanópolis tem muitos km de buracos antes e depois da cidade. Buraqueira feia mesmo, daquela que quebra caminhão. As motos, carros e demais veículos “dançando” na pista, desviando dos buracos, sem pressa. Porto Nacional também não está muito bem de estrada, a travessia da cidade muito ruim em alguns pontos. Por volta das 14:30h do sábado chegamos em Palmas, com tempo fechando. Consultamos um mototaxista para indicar o rumo e depois lá dentro da cidade conferimos o mapa no celular para chegar na sede do Escória MC. Sem nenhum erro! As Harleys do bonde tinham GPS, não precisamos usar.

A informação da nossa chegada circulou e logo em seguida a galera começou a chegar também. Os primeiros “test-rides” da Himalayan começaram imediatamente, todos estavam curiosos. Enquanto isso, Bressan testava o laptop e projetor para a palestra com o tema das dicas de viagem para iniciantes. Um momento muito bom de confraternização e troca de experiências entre os participantes.

Domingo por volta das 8h da manhã já estávamos no ponto de encontro do pessoal de Palmas, o Posto Primavera. Reforçamos o café da manhã e partimos para uma foto no centro geodésico do Brasil, na praça central da cidade. Dali rumamos para a ponte gigantesca sobre o lago do Rio Tocantins, e a saída pela estrada multimodal TO-455. Lindíssima paisagem e pista bem conservada. O pessoal de Palmas nos acompanhou até Porto Nacional, onde eles voltaram para a capital e nós seguimos pela TO-255 para Fátima/TO e então a BR-153. Mesmo sendo domingo a BR estava lotada de caminhões, exigindo bastante paciência e cuidado nas ultrapassagens. Primeiro abastecimento em Gurupi/TO, 250Km rodados. A pista está MUITO boa até a divisa com Goiás, onde a qualidade cai bastante. Em Goiás a pista fica bem surrada, deformada, certamente pela passagem dos caminhões superpesados. Depois abastecemos em Mara Rosa/GO, após 300Km rodados e as duas Royal no meio da reserva. Decidimos ir pra cidade 9Km longe da rodovia pois nesta região da divisa GO/TO os postos na beira da BR são todos bandeira branca e visual que não inspira confiança.

Fim de tarde avançado quando entramos na BR-080 em Uruaçu, rumo a Padre Bernardo, Brazlândia e Brasília. No horizonte nuvens de chuva e relâmpagos. A pista ótima da 080, sem movimento, com asfalto perfeito e olhos de gato, permitiu uma pilotagem muito boa durante a noite. Paramos no Posto Dois Irmãos em Assunção de Goiás, entroncamento da BR-080 com a BR-414, para o último abastecimento e lanche. Faltando 140Km para Brasília, em um caminho velho conhecido, estávamos em casa praticamente. Na saída do posto em diante a pista continua boa mas sem os olhos de gato. Aproveitei que um carro nos ultrapassou e fomos seguindo-o. Assim ele mostra o caminho e as curvas. Saímos sem vestir as capas de chuva, e São Pedro aproveitou a brecha! Mandou 10Km de chuva fortíssima, vento lateral, numa pista já sem olhos de gato e bem escura. Nosso “carro-madrinha” serviu muito bem para mostrar o caminho e atravessarmos esse trecho com mais segurança sobre o traçado da pista. Após a chuva fizemos 125 Km de pista seca até Brasília. O danado do São Pedro só queria molhar a gente mesmo, pra irmos secando no vento e passando frio até em casa. Chegamos em Brasília as 22h de domingo.

A Himalayan furou o pneu dianteiro na chegada de Taguatinga. A câmara de ar tinha vacina, mas não deu conta, e o compressor até encheu um pouco mas esvaziou rápido. Muito provável que houve corte da câmara no bico por pressão baixa. Cacoete de off-road anterior, falta de conferência para viajar no asfalto, e isto pode explicar o consumo alto dela também. Ficou na casa de um outro integrante do El Bando que mora próximo do local. Durante a semana arrumaremos e veremos a causa do furo.

VIDEO-RESUMO DA VIAGEM

ROTEIRO
https://goo.gl/maps/QtavQwijBc42

AVALIAÇÃO DA GT E HIMALAYAN
Como esperado, a GT foi melhor na estrada. O 1,5kg de torque a mais do que a Himalayan fez a diferença nas ultrapassagens. Bressan mais ousado na GT e Danilo mais comedido na Himalayan. Velocidade de cruzeiro a mesma, 130 a 110, foram de boa. A surpresa negativa foi o consumo, pois as motos beberam muito. Teve trecho da Hima fazer 18km/l , 19, 21… talvez o excesso de velocidade e o peso do piloto tenham contribuído. O pior consumo do Bressan na Hima tinha sido 23 km/l a 110km/h. Ele pesa 95Kg e o Danilo pesa 115Kg. E a GT bebeu bem também. Ou vieram rápido demais (certeza), ou a gasolina era ruim. Em compensação as HD vieram consumindo menos do que o habitual kkk.

POSTO GASOLINA PREÇO LITROS VALOR TRECHO KM TRECHO CONSUMO GT
Colorado, Brasilia Petrobrás GRID 4,509 4,00 R$ 18,04 Estrada 125 15507,1 211,6 24,39
ValeLua, AltoParaiso Branca Comum 4,748 8,68 R$ 41,17 Estrada 100 15718,7 214,8 28,76
Japao, Arraias Branca Aditivada 4,73 7,47 R$ 35,33 Estrada 110 15933,5 193,2 22,97
Potiguá, Natividade Petrobrás GRID 4,89 8,41 R$ 41,12 Estrada 100 16126,7 247,3 26,99
Primavera, Palmas Petrobrás GRID 4,54 9,16 R$ 41,60 Estrada 100 16374,0 265,3 26,96
Décio, Gurupi Petrobrás GRID 4,599 10,22 R$ 47,00 Estrada 100 16639,3 292,1 25,47
Petrobras, MaraRosa Petrobrás Comum 4,nnn 11,47 R$ Estrada 100 16931,4 172,2 26,78
DoisIrmãos, Assunção Branca Comum 4,459 6,43 R$ 28,67 Estrada 100 17103,6 318,8 29,52
Monumental, Brasília Petrobrás GRID 4,649 10,80 R$ 50,21 em uso 17424,8 em uso em uso
POSTO GASOLINA PREÇO LITROS VALOR TRECHO KM TRECHO CONSUMO HIMALAYAN
Colorado, Brasilia Petrobrás GRID 4,509 9,49 R$ 42,79 Estrada 125 5118,9 186,4 18,74
ValeLua, AltoParaiso Branca Comum 4,748 9,95 R$ 47,19 Estrada 100 5305,4 191,0 23,58
Japao, Arraias Branca Aditivada 4,73 8,10 R$ 38,31 Estrada 110 5496,4 168,6 17,97
Potiguá, Natividade Petrobrás GRID 4,89 9,38 R$ 45,86 Estrada 100 5665,1 248,8 20,46
Primavera, Palmas Petrobrás GRID 4,54 12,16 R$ 55,21 Estrada 100 5914,0 235,4 19,95
Décio, Gurupi Petrobrás GRID 4,599 11,80 R$ 54,27 Estrada 100 6149,5 259,4 26,96
Petrobras, MaraRosa Petrobrás Comum 4,nnn 9,62 R$ Estrada 100 6408,9 153,1 20,52
DoisIrmãos, Assunção Branca Comum 4,459 7,46 R$ 33,26 Estrada 100 6562,0 307,5 24,84
Shell HFA, Brasília Shell Vpower 4,449 12,38 R$ 55,08 em uso 6869,5 em uso em uso

O alto consumo da Himalayan na estrada surpreendeu. Era esperado em torno de 23 ou mais. Isto quer dizer que ou tem problema no sensor do velocímetro, ou rodamos no limite da Himalayan enquanto a GT trabalhou dentro da área confortável pra ela. Essas diferenças de odômetro e velocidade entre as duas motos tem que ser melhor avaliadas. Saber se está na média de erro ou se saiu da casinha. Vamos instalar um suporte de celular para comparar a velocidade do painel com a do GPS.

No bauleto da Hima (um Melc de 29 litros), apenas uma muda de roupa e uma calça de chuva do Danilo. A bagagem do Bressan na GT era a capa de chuva e uma muda de roupa, com mochila nas costas. Na volta, como estavam usando muito as capas de chuva, o conjunto do Bressan ia pro bauleto também pra ficar prático de pegar pra vestir. Não medimos o peso, pegamos na mão e avaliamos que tinha menos de 5 Kg. O bagageiro não deformou nem rachou.

As duas motos estão sujíssimas das chuvas. Ainda não inspecionei nada. Depois confiro tudo. A GT vai ser lavada p revisão dos 17000km.

ATUALIZAÇÃO:
1 – Realmente havia uma falha no velocímetro, causado por muita sujeira no sensor na roda dianteira. Foi só limpar e voltou ao normal.
2 – A causa do furo foi pressão baixa da câmara de ar, devido a fazer os off-roads e não ter recalibrado antes da viagem.

One Response »

  1. Excelente relato. Talvez a baixa pressão do pneu tenha dado uma pequena contribuição para o alto consumo da Himalayan.

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