Em junho 2006, os aventureiros João, Noel e Flávio aproveitaram um feriadão para visitar o evento bi-anual Encontro de Carros Antigos em Araxá, Minas Gerais. Partindo bem cedo na manhã do dia 15/06, escolhemos uma nova rota, via interior de GO, para chegar até Araguari. Entrando por Luziânia, seguimos até Caldas Novas, e atravessamos a divisa em Corumbaíba. A estrada estava em boas condições e sem movimento, sendo uma alternativa muito boa em relação à porcaria que é a saída de GO “tradicional” via LUZIÂNIA/CRISTALINA/CATALÃO.
Como desejávamos chegar em Araxá no mesmo dia 15, esticamos a viagem pela noite, o que se revelou uma decisão arriscada. Passamos por Uberlândia ao entardecer, e pegamos a saída para Araxá que era uma estrada desconhecida para nós. Com o anoitecer, fomos descobrindo uma estrada sinuosa e GELADA! Fui guiando o grupo, sinalizando as curvas. Perto de Araxá, pegamos um trecho curto em reformas, sem asfalto, sem sinalização, que foi o momento mais tenso da viagem. Chegamos na cidade congelados e merecendo um bom descanso! 😉
No dia seguinte fomos ao evento, que pra mim foi muito surpreendente e prazeiroso. Ver todos aqueles carros históricos, tanto para o Brasil quanto para o mundo, é viajar no tempo e relembrar a história do automobilismo! Exemplares raríssimos marcaram presença, assim como alguns mais “populares”, e todos muitíssimo bem conservados. Parabéns aos colecionadores! Destaque para o “canteiro de Ferraris” na entrada do evento, onde reluziam ao sol umas 12 Ferraris de diversas épocas. Me disseram que eram todas do mesmo colecionador! Quando eu crescer quero ter uma coleção dessas também!! huahahauhau
As motos antigas estavam representadas com poucos exemplares, mas muito apreciadas pelos visitantes. O Museu Rodas do Tempo, de Brasília, marcou sua presença com a RD350 (refrigerada a ar, a famosa viúva-negra), BMW e a Harley-Davidson recém restaurada (uma obra de arte!). É um evento imperdível, então já marque na sua agenda para 2008 visitar Araxá!
Nos eventos de carros antigos, é comum ter um “mercado das pulgas”, onde se encontram peças, manuais, livros e uma infinidade de outras coisas (arte em metal, LPs, etc… coisas que sua esposa chamaria simplesmente de “lixo”). Numa tenda dessas, acabei encontrando uns kits Revell antigos, que após uma breve consulta telefônica aos meus amigos do GPPRH, arrematei para nossa diversão posterior! Desafio foi arranjar um jeito de carregar aquela “tralha” toda na moto, que já nao tinha muito lugar pra nada…
Sábado eu e Lilian nos separamos do grupo, indo para Belo Horizonte prestigiar o aniversário de Roxane, esposa do Herick que também é membro do nosso motogrupo. O trecho entre Araxá e BH foi lento devido às péssimas condições da estrada: longos trechos de asfalto esburacado, remendado e ondulado. O espelho da moto chegou a se soltar de tanto sacolejo, e afinal descobri a causa da “orelha murcha” da moto, uma “maldição” que fazia os espelhos abaixarem sozinhos às vésperas de todas as viagens. Espelho consertado, retornamos ao liquidificador que chamam de estrada e conseguimos chegar em BH sem perder nenhuma obturação!
Domingo curtimos o aniversário de Roxane, e a vitória do Brasil no jogo da Copa, com muita festa, animação e chopp fenomenal! Como segunda tinhamos que cumprir nosso horário na empresa, acabamos retornando pra Brasília de ônibus (o famoso “expresso pão-de-queijo”), deixando a moto para um regresso posterior (mais um motivo para viajar… huahuahua), que fiz três semanas depois.
Clique nas fotos para ampliar
|
“Não explico porque ando de moto! Para quem gosta, não é necessário,
e para quem não gosta, nenhuma explicação é possível”
Autor desconhecido
|
Relacionado
