Definições sobre Moto Clubes

Definições sobre Moto Clubes

O texto abaixo é de autoria de um irmão motociclista do RJ, publicado no início dos anos 2000. COM AUTORIZAÇÃO DO MC, apenas revisei, organizei melhor as frases, e ampliei a parte final que fala da história dos Moto Clubes. O original já foi copiado por vários outros sites, e como o autor não veicula o texto no próprio site há mais de 4 anos. Achei relevante trazer pra cá.

DEFINIÇÕES BÁSICAS

A SIGLA MC
A sigla “MC” normalmente utilizada nos Brasões e nos coletes por si só já indica que a palavra é composta por dois nomes, portanto o correto é Moto Clube, e no plural, Moto Clubes. No exterior o MC significa Motorcycle Club e só é utilizada por legítimos e tradicionais MCs, pois no exterior MCs não podem ser fundados à revelia, somente Moto Grupos ou Facções podem ser criados em territórios já pertencentes a MCs radicais.

Moto clube, ao contrário do que os leigos e desinformados pensam, não é um grupo de motociclistas que apenas se reúnem para lazer e seus integrantes usam nas costas um desenho por estética! Moto clubes são associações baseadas na Irmandade e tradição biker. Hoje em dia precisamos diferenciar um Moto Clube autêntico dos diversos “ajuntamentos” que deveriam receber qualquer denominação exceto Moto Clube. Podemos citar como exemplo os “caçadores de troféus”, ou seja, grupos ou pessoas que vestem coletes sem saber seu real significado, apenas para conseguir lembrancinhas que normalmente são entregues em aniversários de Moto Clubes, encontros e eventos. Também podemos citar os “moto-cachaça”, “moto-churrasco”, que só existem para fazer festa ou participar da festa dos outros.

A ORGANIZAÇÃO
Um Moto Clube é uma associação de motociclistas para determinados fins, sejam eles quais forem, podendo inclusive ser específico para realizar competições ou possuir interesses comerciais e lucrativos. Qualquer entidade social, devidamente registrada, tem que ter sua Ata de Criação e por conseguinte uma Diretoria que a compõe. Um MC pode ser dirigido por apenas um Presidente ou até por um Conselho de Diretores, mas o correto é que exista o Presidente, o Vice, e sua Diretoria com cargos hierárquicos, podendo alguns cargos serem acumulativos.

Segundo normas da legislação (código civil) e também de nossa Irmandade, estipula-se um mínimo de seis integrantes para iniciar um Moto Clube. Moto Clube de apenas um integrante, ou um motociclista e sua garupa, não existe! Um Clube é formado por sócios, integrantes, companheiros, amigos e acima de tudo irmãos… e menos de seis integrantes é um pequeno grupo, no máximo podendo ser denominado de Moto Grupo.

Já um Moto Grupo é mais simples, desde a sua formação, ideologia e objetivos. Normalmente são mais voltados apenas para o agrupamento de motociclistas para o lazer, sem compromissos diretos ou indiretos com a sociedade ou a própria Irmandade. Toda agremiação antes de se tornar um Moto Clube deveria passar pelo estágio de Moto Grupo. Da mesma forma que um integrante começa como PP e só recebe o Brasão após ser aceito pelos irmãos, um MG só deveria passar a MC após ser aceito pela Irmandade.

O REGISTRO
Quanto ao registro de MCs há controvérsias. Existem hoje segmentos dentro da Irmandade que só reconhecem os Clubes que são registrados em cartório. Já outros acham que isso é coisa para empresas, e que um MC é algo diferente, apenas uma união de Irmãos que compactuam a mesma opinião, sem muita burocracia. Considerando-se que MCs podem ser fundados com diversos fins, ambos estão certos, pois para aqueles com envolvimento financeiro, comercial ou que de alguma forma necessitem do CGC ou CNPJ, o registro em cartório é vital. Mas para os mais radicais e voltados para a organização tradicional, o registro é dispensável.

Notem que um segmento perpetua as raízes, décadas de regras, história e tradição. Já o outro segmento é mais recente, menos radical e está mais ligado à sociedade civil do que a própria Irmandade. No fim estes Moto Clubes possuem as mesmas finalidades, que é reunir os motociclistas, portanto cabe aos novos Moto Clubes e motociclistas se decidirem por uma filosofia nova ou a tradicional.

Vale frisar também que nos dias de hoje a burocracia é um mal necessário, visto que um MC sem registro formal não aluga imóvel para a sede, não abre conta em banco, não contrata funcionários, não se filia a Associações ou Federações, não tira alvará para realização de eventos. Estamos falando de PESSOA JURÍDICA para as atividades citadas.

AS FACCOES:
Um Moto Clube pode ter, além de sua sede, integrantes residentes em outras cidades e até em outros países. Tendo um número necessário de integrantes é denominada de Facção ou Sub-sede. No caso de apenas um motociclista fora da sede é tido tão somente como um Representante. Somente na sociedade existem embaixadores, no motociclismo só existem “Representantes”. Uma Facção pode possuir sede própria na cidade onde se situa, mas não pode ter estatuto próprio ou diretrizes diferentes da sede principal. A Facção utiliza o mesmo Brasão, e é recomendada a inscrição do nome da cidade em outro bordado anexo à ele. O responsável pela Facção é o Diretor da Facção, não existindo outro “Presidente”.

O BRASÃO:
O brasão, símbolo ou escudo, é a identificação visual que o motociclista escudado porta de seu Moto Clube. Essa identificação é o que lhe diferencia dos demais motociclistas e associações de motociclistas. E traz todo o “peso” da história do moto clube, suas atitudes, reputação e significados. O que você faz reflete em todo o seu moto clube!

O Brasão é a “bandeira” ou “as cores” do MC, e nele estão representados basicamente o logotipo do Clube (normalmente um desenho que diz respeito ao nome), o nome do moto clube, a sigla “MC” ou “MG”, o nome da cidade e estado. Entretanto já existem outras siglas como MM (Ministério Motociclístico), MB (Moto Bando), MA (Moto Amigos), MT (Moto Turismo). Quando todas as informações estão em um único bordado (patch), chama-se de “brasão de uma peça”, que é o padrão correto para associações motociclísticas que não seguem a linha tradicional de Moto Clubes. O brasão é fixado na parte de trás de uma peça de roupa (colete, jaqueta, etc) de material diverso (couro, jeans, cordura, etc). Recomenda-se não colocar seu nome pessoal na parte de trás do colete, por segurança.

Para um motociclista portar nas costas o brasão de um Clube ele tem que provar merecê-lo! Deve ser observado por meses, ou até mesmo por anos dependendo do estilo do clube. Tem que provar ser um motociclista responsável e um verdadeiro irmão de seus companheiros, sejam eles do mesmo MC ou não. Os novos integrantes devem receber os brasões por etapas, na medida que forem subindo de estágio. No início devem acompanhar os irmãos sem portar nada nas costas do colete. Após ser aprovado no primeiro estágio recebe a primeira parte “PP”, depois sobe para “Meio Escudo” e por fim “Escudo Fechado”, quando passa realmente a integrar o Clube. Antes disso não é integrante efetivo e qualquer deslize pode tirar-lhe o privilégio de ingressar no MC. Portanto frequentar a Irmandade sem portar o brasão do clube a que se pertence é renegar suas cores e renegar o apoio aos demais irmãos.

OS CONFLITOS:
Em eventos a presença dos MCs é marcada por bandeiras com seus brasões e símbolos, cada um com suas cores e filosofias. E desta forma, ultimamente muitos Moto Clubes descobriram que existem outros com o mesmo nome ou brasão. Se um motociclista escudado comete um ato indevido, e existem mais Clubes com o mesmo nome, outro MC pode ser penalizado por culpa de um integrante que não lhe pertença. Não é admissível brasão, símbolos ou nomes clonados ou muito semelhantes, é muita falta de respeito, pense nisso!

Nesta situação, cabe a esses clubes entrarem em acordo para que a coincidência de nomes e símbolos não venha causar problemas para ambos. Clones devem ser tratados e resolvidos sem brigas. Com boa vontade e criatividade tudo se resolve. Se isso não resolver, entrar com pedido judicial será o próximo nível da questão, desde que o MC esteja devidamente legalizado perante a lei. Como regra geral prevalece o nome para o MC mais antigo, seja por registro ou por reconhecimento pela Irmandade, cabendo ao mais novo a troca, alteração ou afiliação do nome ou símbolo.

A IRMANDADE
A palavra irmandade provém de irmão, portanto considerando-se que os motociclistas possuem os mesmos ideais relacionados à motocicleta, se consideram “irmãos por afinidade” e portanto pertencem a uma mesma Irmandade. Claro que isso vem de muito tempo e esta Irmandade cresceu baseada em tradições e regras próprias que a tornam única, portanto sua ideologia não deve ser desvirtuada, mas sim preservada a todo custo, sempre honrando suas cores, um dos outros, cada um com a sua bandeira.

Os esclarecimentos descritos acima são regras contidas na tradição do motociclismo, repassadas por gerações entre seus irmãos.

Leia também:
Criar um novo moto clube
Orientação da Federação de Moto Clubes de SP

A HISTÓRIA MUITO MUITO MUITO RESUMIDA:
1 – A ERA “ROMÂNTICA”
O primeiro MC é do início do século, quando integrantes do YONKERS BICYCLE CLUB passaram a pilotar motos e assim mudaram para YONKERS MOTORCYCLE CLUB em 1903! A indústria de motocicletas era recente, com a Royal Enfield e Indian produzindo motos em 1901, a Triumph em 1902 e a Harley-Davidson em 1903. Antes delas existiram outras fábricas, que morreram com a competição pelo mercado.

Em vários textos sendo divulgados pela internet no Brasil, é citado que o primeiro MC seria feminino, de 1940, chamado MOTORMAIDS. Provavelmente um erro de pesquisa incompleta de alguém, que foi sendo repetido através dos anos. Se a AMA (Associação Motociclística Americana) é de 1924 e foi fundada por vários MC, não tem lógica o Motormaids ser o primeiro MC do mundo. Este MC é o mais antigo em atividade sem interrupção, o que já é um grande feito! Esta honraria é disputada pelo OUTLAWS MC, fundado em 1933 e ainda em atividade, que tem um histórico de brigas com a AMA.

Nesta primeira fase, os MC tinham objetivos de promover competições esportivas, como corridas de velocidade, subida de montanha, longa duração. Tiveram participação importantíssima no desenvolvimento técnico das motocicletas, pois através das competições a tecnologia foi evoluindo. E já existiam os brasões nas jaquetas dos integrantes desses moto clubes de competição.

2 – A ERA “TRADICIONAL”
A história do surgimento dos Moto Clubes chamados de “tradicionais” é de certa forma complexa. Pesquisando você encontra informações que associam o surgimento, em parte, ao final da segunda guerra onde ex-militares e pilotos no pós-guerra teriam feito da moto o veículo de busca de adrenalina, formando diversos clubes na Califórnia. Nessa época já usavam identificação de grupo e mais tarde foram desenvolvendo os escudos (brasões), que passaram a defender. Eles adaptavam as regras da hierarquia militar, mas com cargos eletivos dentro da associação. A partir da década de 70 viu-se a implantação de diversos moto clubes pelo mundo, a maioria já seguindo o princípio de hierarquia e irmandade.

3 – NO BRASIL

O primeiro registro de associação de motociclistas do país é da fundação em 1927 do Motoclub do Brasil, cuja sede ainda existe no Rio de Janeiro na Rua Ceará, onde funciona hoje o Heavy Duty Bar. Nas décadas seguintes apareceram vários moto clubes, geralmente sociais e promovendo competições. A linha tradicional foi iniciada no Brasil em 1969 pelo Balaios MC. Estamos reunindo informações sobre os pioneiros do motociclismo no Brasil e colocando neste link: Pioneiros do motociclismo no Brasil

Na década de 70 e 80, o motociclismo no Brasil estagnou. Para incentivar a fabricação nacional, o governo militar proibiu as importações em 1976! Os brasileiros comuns tiveram que comprar RD50 e CG125, enquanto os abastados amigos dos Generais continuaram importando motos pagando valores absurdamente caros. As grandes motos que já rodavam no país, conforme iam detonando, mudavam de mãos, para os mecânicos, para colecionadores, ou eram esquecidas em alguma garagem ou fazenda. O MotoClubismo era coisa de MUITO POUCOS, que se conheciam pessoalmente.

A popularização de Moto Clubes iniciou-se no final da década de 90, a partir de 1997, após a disparada na venda de motos depois da estabilização da economia brasileira em 1994. As fábricas da Honda e Yamaha se modernizaram aumentando a produção, para atender um público consumidor crescente. A produção que era de 200mil motos por ano, passou para mais de MILHÃO de motos por ano (95% são motos de 250cc pra baixo). Acima de 250cc, a chegada de novos modelos de motos, de várias marcas que chegaram para disputar o consumidor “premium”, em vários estilos, completa esse caldo.

E qual é a segunda coisa que alguém faz depois que compra uma moto? Procurar outros que tem a mesma paixão, trocar idéias sobre sua moto, manutenção, combinar passeios e viagens, combinar ir naquele evento de motociclistas. E aí começa a ver aquele monte de gente usando colete, brasões, falando de irmandade, igualdade e liberdade. Quem não quer fazer parte disso? Mas dependendo de como ele chega e pra quem ele chega, não é irmandade e igualdade que o novato encontra. Em vez de ser orientado, o novato é discriminado. E se afasta daquele que o discriminou, mas não da idéia de pertencer a esse mundo. Desconhecendo tudo que foi falado acima, o novato pega um atalho e cria seu próprio moto clube sem noção do que está fazendo. Ele só sabe que aparecendo de colete com patch de presidente, será bem tratado, mesmo que nem tenha habilitação, moto ou história de estrada. Até o dia que descobrirem a mentira, quando passará a não ser mais bem aceito no meio motociclístico.

E assim… hoje muita coisa anda desvirtuada, “moto clubes” são criados à revelia, com nomes pejorativos, por pessoas que desconhecem a história e o espírito biker. Sequer sabem o significado de um brasão, honrar e respeitar as cores e muito menos seguem os princípios de irmandade. Os Moto Clubes autênticos, de várias formas, passaram a se distanciar para evitar abusos e coibir arruaceiros em seus encontros. O que só ampliou a falta de orientação e boas referências. É o que muitos chamam hoje de “caos motociclístico”.

Para piorar, a sociedade ainda confunde motociclistas com baderneiros (de todas as idades e estilos de moto) que aparecem em nossos encontros fazendo arruaças (estouro de motor, borrachão, empinadas, etc). Além disso MUITOS eventos nada têm a ver com as tradições biker, sendo na verdade feiras comerciais embutidas em nomes chamativos como “Encontro Nacional de Motociclistas”. Enriquecem empresários (que andam de moto ou não) e promovem candidatos políticos (que andam de moto ou não), se aproveitando do momento para atrair admiradores de motos. Os motociclistas autênticos passam longe de tais eventos.

Atenção:
1 – As informações publicadas acima foram obtidas através de pesquisas entre os irmãos mais antigos e pela Internet, caso você encontre erros ou informações contraditórias favor deixar seu comentário abaixo.

2 – NÃO COPIE E COLE este texto em outros locais! Caso queira divulgar, indique o LINK deste texto! Por que? Porque o texto evolui! Se copiar e colar, o texto errado fica sendo repetido na internet como tantos outros. Depois ocorrem revisões aqui neste texto, corrigindo informações e esclarecendo dúvidas, e indicando o link todo mundo vai chegar no texto revisado e melhorado.

3 – Texto atualizado em 28/02/17 no trecho que fala dos primeiros MC do Brasil. Inclusão do MotoClub de São Luís, citação do Sky Demons e correção sobre o Centauro Motor Club.

4 – Texto atualizado em 03/03/17 incluindo as citações sobre o primeiro registro de viagem de moto pelo Brasil em 1923 e dos MC competitivos de SP de 1949.

5 – Texto atualizado em 22/12/17, onde o trecho sobre os pioneiros do motociclismo no Brasil virou um texto separado e indicado por um link no texto acima.

6 – Texto atualizado em 27/01/18, com mais informação sobre o brasão e links para leitura adicional.

6 Responses »

  1. Bom, meus amigos, entendo que a conotação que é dada ao termo “Nômade” é a que o MC Abutres, sendo um dos Clubes mais antigos adotou no Brasil e acabou meio que “virando regra”. O MC Abutres atribuiu ao “Nômade” o significado de antiguidade, posto de grau elevado, conselheiros masters do Clube, etc.
    Mas entendo que o termo ” Nômade” em outros Clubes grandes e renomados (clubes de fora) pode também estar relacionada a ausência de “filiação territorial” do membro, ou seja: significa que aquele cara (o Nômade) não está ligado a nenhuma subsede especifica. Por exemplo: Muitas vezes o cara (já escudado) se muda para um local onde não há subsede próxima, ou se muda frequentemente de endereço, ou trabalha viajando, etc. e não consegue cumprir os compromissos de estar em determinado local da sede, esse cara passa a ser “Nômade” ou seja, ele não pertence a subsede nenhuma. Isso não significa que ele faz o que quer no clube. Ele é bem vindo em todas as subsedes, mas tem que respeitar as regras de todas elas, está submetido a todos os comandos locais e não pode ocupar cargo em nenhuma, justamente porque não pára em lugar nenhum.

    Espero ter colaborado. Abços.

  2. Boa noite, sou membro do Moto Club de Campos, temos a ata de fundação do dia 27 de julho de 1932, e funcionamos até hoje com sede própria desde 1966.

    • Correto, e está citado na página pioneiros do motociclismo no Brasil, que é outro texto pra detalhar mais esse tema, conforme foi citado no texto.

  3. Boa tarde!!!
    Muito interessante e elucidativo, ainda tenho dúvidas sobre alguns assuntos, em especial dois:
    1) nômade, quais os requisitos que normalmente norteiam esse “status”, como os MC tradicionais elegem seus nômades? Quais as responsabilidades e posturas de um Nomade?
    2) como faço para criar mecanismos de controle e avaliação de um pretenso representante do MC que mora em outro estado?

  4. Boa noite Bressan. Sou Iris Alves (Byato Salu) do Moto clube Aventureiros do asfalto de paracatu – MG. Tudo bem ? Gostei muito dessa matéria, pois gosto muito de ouvir e ler sobre Motociclismo.Como já tinha lido várias matérias sobre o assunto vi que tinha muita contradição. Tudo bem é assim mesmo.
    Mas se você sabe ou tem alguma matéria sobre cargos dentro dos moto Clubes, tipo como chegar naquele cargo, como é o processo e em especial o que significa e como se é eleito “Nômade”. Muito obrigado pela atenção.

Deixe um comentário para IRIS ALVES Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *