“O espaço, a fronteira final. Estas são as viagens da nave estelar Enterprise, em sua missão de cinco anos para a exploração de novos mundos, para pesquisar novas vidas, novas civilizações, audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve!”

A viagem de 2019 será sobre a realização de sonhos. Sonhos de sete moleques que um dia se imaginaram percorrendo uma das maiores estradas do Brasil, atravessando a selva amazônica. O tempo passou, a região mudou, a estrada melhorou (um pouco!) mas os desafios permanecem. Não importa se metade dela já está asfaltada, a outra metade ainda é uma aventura imprevisível. Sem riscos, seria um passeio no shopping, não uma aventura. E os sete moleques, hoje um pouco mais experientes, realizarão seu sonho agora em agosto de 2019!

Planejado: Como são sete pessoas espalhadas pelo país, optamos por marcar um local e data para reunir todos, para então iniciar a estrada. O ponto óbvio foi João Pessoa, bem próximo ao marco zero da rodovia. Encontro marcado para dia 9/8, dia 10 para revisão/festa e dia 11 o início da travessia. No percurso visitaremos algumas atrações próximas, como o Vale dos Dinossauros em Sousa/PB, a Chapada das Mesas em Carolina/MA, Fordlândia em Aveiro/PA. Estimativa de 12 dias para realizar o trajeto de 4400Km até Lábrea/AM. Dali, retornamos juntos até Cuiabá, onde o grupo se espalha para suas cidades. Uma expectativa é como vai ser a dinâmica de sete pessoas “desconhecidas” entre si viajando juntas.

Vídeos diários da viagem:

VÍDEO DESCRIÇÃO
Dia 1 – Brasilia a Cordisburgo/MG
O plano do dia é ir de Brasília a Cordisburgo/MG. Coloquei no meio o trecho de Brasilandia de Minas a Pirapora, MG-408, 116km de estrada bem ruim, poeira, talco, pedregulhos, longos bolsões de areia fofa…
Dia 2 – Cordisburgo a Marechal Floriano/ES
No final de sábado dia1 encontrei o Marcelo em Cordisburgo/MG. No vídeo explico porque desta cidade. Domingo dia2 rumamos para Guarapari, experimentando a BR-381 e BR-262 duas famosas rodovias mortais!
Dia 3 – Marechal Floriano a Guarapari/ES
Encontramos Celso, o parceiro viajante de Guarapari! A descida da serra foi ainda com chuva, um pouco tensa. Depois de chegar em Guarapari, visitamos uma oficina boa indicada pelo Celso, para aquela olhadinha básica.
Dia 4 – Guarapari a Itamaraju/BA
Saímos de Guarapari rumo a Bahia. Dia difícil, chuva o tempo todo. A BR-101 sempre bem complicada devido às curvas e caminhões, praticamente sem pontos de ultrapassagem. Ritmo lento abaixo do planejado. Mas no final deu tudo certo. Agora tem imagens da estrada pela câmera do capacete.
Dia 5 – Itamaraju a Nazaré/BA
De Itamaraju até Itabuna, praticamente chuva o tempo todo ainda. A estrada continua com bom pavimento, mas estreita e sinuosa. Continua com poucos pontos de ultrapassagem. Tinha um objetivo de visitar Natal e Fortaleza, já vi que não vai dar tempo. No fim do dia chegamos em Nazaré, rota para entrar em Salvador pela balsa de Itaparica.
Dia 6 – Nazaré a Propriá/SE
Saindo de Nazaré, pegamos a balsa e curtimos o visual. Em Salvador, passamos “correndo”. Batemos uma foto só pra dizer que visitamos a cidade. Saímos pela Linha Verde, rumo a Sergipe. Pelo menos nesta dá pra rodar a 100, 110, pista mais reta e sem caminhões. Mas não dá pra recuperar o plano, então Natal e Fortaleza não serão visitadas. Vamos direto para João Pessoa. Neste dia que começamos a sentir as motos fraquejarem, depois de abastecer em Lauro de Freitas, posto Shell, gasolina comum.
Dia 7 – Propriá a João Pessoa/PB
Dia complicado com os perrengues de óleo e gasolina. Chegada tensa em João Pessoa. Detalhes na descrição do vídeo no youtube.
Dia 8 – Oficina e KM Zero da BR-230
Pela manhã oficina avaliando as motos e já se preparando para o pior. Detalhes na descrição do vídeo no youtube.
Dia 9 a 12 – Estadia em João Pessoa
Os vários dias de espera em João Pessoa, agora mais detalhado. Lembrando aos senhores que se trata de uma viagem de férias, com prazo para acabar e retornar ao trabalho. E entre amigos, que se reuniram pelo sonho de percorrer a Transamazônica inteira. Desistir não é uma opção!
Dia 13 – Iniciando a BR-230 – João Pessoa a Patos/PB
Após recebermos as motos substitutas, migramos toda a preparação feita pro off-road (acessórios, rodas, protetores, suportes e baús) e finalmente pegamos a estrada. Os sete pilotos em suas máquinas, com a energia renovada para realizar a missão e percorrer a mítica rodovia TransAmazônica! Neste dia partimos as 12h, rodamos a tarde toda contemplando a belíssima paisagem da Paraíba. Final de tarde resolvemos parar em Patos, para o pernoite.
Dia 14 – Patos a Picos/PI, primeira terrinha!
Após o pernoite em Patos/PB, prosseguimos na estrada, atravessando o sul do Ceará. Ali tem um pequeno trecho com 43km de terra, área rural entre as cidades de Farias Brito e Assaré. Estava bom, mas houve alguns sustos e um tombo. Final do dia chegamos em Picos, Piauí.
Dia 15 – Picos a São Raimundo das Mangabeiras/MA
Dia tranquilo mas bem quente, todo no asfalto. Percorremos a segunda metade do Piauí e atravessamos a divisa para o Maranhão. Passamos mais uma serra curta e chegamos em um planalto de enormes campos agrícolas. Região de Pastos Bons, bem correto o nome! Depois do sustinho com a reserva da Classic, anoitecendo chegamos em São Raimundo das Mangabeiras.
Dia 16 – São Raimundo a Araguatins/TO, Chapada das Mesas
Franco deu a dica maravilhosa para conhecermos o Poço Azul, em Riachão. Partimos cedo de São Raimundo das Mangabeiras para visitarmos o Poço Azul e aproveitar a manhã por lá. O local é muito bem estruturado, e o acesso tem uns 20km de terra com costela de vaca, areiões e poeira. Mas vale a pena, especialmente se puder passar o dia todo curtindo. A região da Chapada das Mesas tem várias outras atrações, deixaremos para outra ocasião. Fora isso, a BR-230 neste dia foi toda de asfalto em ótimas condições. Atravessamos também Tocantins, e pernoitamos na divisa com o Pará, na beira do Rio Araguaia.
Dia 17 – Araguatins a Anapu/PA, poeirão no Pará
Entramos no Pará e logo de cara pegamos 12Km de terra, obras, poeirão pela frente. Tenso para ultrapassar caminhões nesse trecho. O asfalto logo depois está bom, e já evoluiu mais 50Km em relação ao que vi em 2015. O segundo trecho de terra tem uns 60Km, margeando a Terra Indígena Parakanã. Também já evoluiu, metade do trecho foi alargado e traz mais espaço para todos. A poaca brava ainda não apareceu, mas está sendo formada. Em Novo Repartimento abastecemos, lanchamos e batemos foto na placa da entrada da cidade. O trecho final até Anapu ainda conta com a famigerada Ladeira da Velha.
Dia 18 – Anapu a Placas/PA, Rio Xingu, Belo Monte e mais poeirão
O trecho após partir de Anapu tem asfalto até Medicilândia, sem alterações desde 2015. A travessia do Rio Xingu ainda é por balsa, e a usina de Belo Monte já foi terminada e está operacional, mas não tem visitação. Passamos em Altamira apenas pra abastecer, e lanchamos em Medicilândia. Entramos na terra de novo rumo a Uruará, a expectativa era ser muito ruim, trecho famoso pelo talco alto e derrubador de motos.
Dia 19 – Placas a Itaituba/PA
Um dia muito especial que merece o vídeo mais longo até aqui. Passamos por Rurópolis, visitamos Fordlândia (um experimento agro-industrial americano dos anos 30 no interior do Pará!!!) e terminamos o dia em Itaituba nas margens do Rio Tapajós. Muita terra e pouco asfalto, um dia maravilhoso.
Dia 20 – Itaituba ao Amigo Garimpeiro/PA
Não é fumaça, é neblina! Muita umidade cedinho pela manhã. Apenas 180Km, mas muito aprendizado e imprevistos.
Dia 21 – Amigo Garimpeiro a Jacareacanga/PA
Aventuramos conhecer um antigo garimpo na beira do Rio Tapajós, dica do amigo Toco Lenzi, e chegamos em Jacareacanga no meio da tarde junto com a chuva. Mais um dia nota 10 na BR-230.
Dia 22 – Jacareacanga a Apuí/AM
Foram aproximadamente 280Km entre Jacareacanga e Apuí, cruzando a divisa Pará-Amazonas. Pista estreita em vários trechos, um pouco de lama, muitos buracos e valas derrubadoras de gente. Consideramos o pior trecho da estrada.
Dia 23 – Apuí a Humaitá
O dia anterior cobrou seu preço! Tivemos uma baixa na equipe. E a estrada mais tarde continuou tentando nos derrubar, com piscinões de talco que deram alguns sustos, e uma buraqueira “boa”.
Dia 24 e 25 – Conserto para Lábrea
Durante a manhã em Humaitá, turismo, oficina e a partida do Franco para Manaus. Expectativa de rodar frustrada, mas no dia seguinte tudo funcionou!
Dia 26 – Lábrea a Porto Velho
Desafio cumprido, agora começa a volta pra casa. Mas temos que passar de novo pelos 170Km de terra entre Lábrea e Humaitá. O dia terminou em Porto Velho, com apoio dos amigos para troca de óleo e cervejada!
Dia 27 e 28 – Porto Velho a Vilhena e Nova Mutum
Percorremos a BR-364 de Porto Velho a Vilhena e depois uma estrada estadual do MT até Nova Mutum. Visitamos o amigo Jesus em Vilhena, e conhecemos o fantástico Rio Papagaio em Sapezal. Dois dias ótimos de estrada.
Dia 29 – Nova Mutum a Vila Garça Branca
Um dia beeeem quente na Chapada dos Guimarães! Vinte e nove dias de viagem, e ainda percorrendo estradas que nunca tinha feito antes. Os amigos Cequinel, Sérgio e Marcelo já em suas rotas pessoais, enquanto eu e Celso prosseguindo no rumo pra casa.
Dia 30 – Vila Garça Branca a Brasília
Finalizando a viagem, no último trecho percorri 830Km da Vila Garça Branca até Brasília. Celso se apartou em Rio Verde/GO e pegou o rumo para o litoral via BH. Mais um dia ótimo de estrada asfaltada, com algumas curiosidades do trecho sendo citadas no vídeo. E os agradecimentos finais, parabenizando toda a equipe de sete pilotos pelo sucesso da viagem, bem como o suporte inesperado e fantástico da Royal Enfield.