Tricustom 2011

Tricustom 2011

30/04/2011

Após um “longo e tenebroso inverno”, onde fiquei uns 50 dias com moto nova sem poder rodar decentemente (problema de saúde primeiro da moto, depois meu), já estava beliscando azulejo, seco pra rodar. O esperado para este final de semana era o II Hotdog Run, mas acabamos adiando em prol de um objetivo mais ousado: conhecer o encontro Tricustom em Serra Negra, a 560Km de distância do Rio de Janeiro. Bate e volta de dois dias, tá perfeito!

Saímos as 7h de casa, encontramos o casal Rafael “Cobra” e Dani no posto combinado no início da Dutra/RJ, e partimos. Tempo bom na ida, uma beleza. Rapidinho “devoramos” o asfalto até Serra Negra, com direito a paradas adicionais para esticar as pernas. O casal Rafael/Dani estava fazendo sua primeira viagem “longa”, numa Shadow 750, e combinamos de parar a cada 100Km. A primeira parada respeitei o combinado.. em Barra Mansa, exatos 100Km paramos. Na segunda parada, puxei mais um pouquinho… 125Km, e paramos no posto Frango Assado/Yakult, onde bati a foto no KM52 da Dutra, depois que o Zé Paraná me ensinou o truque! ehehehe Na terceira parada, já na Dom Pedro, passamos direto pelo acesso ao posto, e o próximo só apareceu muuuito depois… rodamos 170Km direto, para desespero geral. Depois dessa, faltavam só 130Km e tocamos direto para Serra Negra, passando por Itatiba, Morungaba e Amparo… a famosa “serra maldita”, com 480 curvas, e onde morre jaspeiro toda semana. Já entendi o porquê!

A M1500 na estrada é um “Galaxie”! O banco do piloto é confortável na medida certa. A posição de pilotar, pra minha altura, está boa. Talvez só precise avançar um pouco as pedaleiras, agora que estou com problema nos joelhos. O ângulo da perna fica muito reto, e avançando as pedaleiras, ficará um pouco mais aberto sem pressionar a articulação. O banco do garupa foi reprovado, não pela espuma (perfeita!) mas sim pela posição das pernas da garupa. Apesar da moto ser uma custom, o garupa fica em posição “esportiva”. Dependendo da altura, vai ficar com o joelho encostado no queixo! Acho que é possível bolar uma peça para avançar a pedaleira do garupa também! E na questão do desempenho, não pude testar ainda pois a moto está amaciando. Ou melhor, estava, pois agora completou 1600Km! Finalmente! Mas já pode-se dizer que é um monstro na estrada, com torque mais que suficiente. O consumo, na estrada a 110Km/h, chegou a 18km/l ! Ainda bem, porque na cidade estava difícil competir com a beberrona!

Na chegada à cidade, paramos num posto para perguntar o básico de sempre, pra qual lado é o hotel, pra qual lado é o evento. Quem tem boca vai à Roma sem GPS! kkk Tudo muito perto, cidade pequena, não tem como se perder. No registro do hotel, encontramos o casal Gava e Tati, do BOG/SP. Se combinasse não daria certo! Na saída, passa o Nilzo, do Brazil Riders de Arthur Nogueira/SP. E dali fomos finalmente para o evento. Eu acho que botei minha expectativa lá em cima, esperava mais, pelo que tanto comentam. No fundo é um evento como os demais (comida, lojinhas, show), só que maior. De novidade, os triciclos Hot Snake, com traseira réplica do carrão esportivo dos anos 60, o AC Cobra. O estacionamento de motos é totalmente zoneado, cada um para onde quer, tranca tudo. Mas não deixa de ser divertido, mesmo assim! Encontramos alguns amigos lá: Genaro/Uberlândia, Pillekamp/Jacareí, Gaitero/Brasília (divulgando seu livro novo, muito bom!) e o fundador do BOG, AL/Americana. Mas vários amigos do DF e do BOG acabei não encontrando! Que falta faz uma tendinha dos motoclubes, a exemplo do Motocapital. Acho que estou mal-acostumado! O pessoal do Anacondas MC organizou muito bem. No geral, vale a pena ir sim!

No domingo, curtimos a área rural, visitando o museu do café. Lá encontrei Serediuk, outro integrante do BOG, com a família. O museu fica numa pousada e chácara produtora de café, vale a pena uma visita. O tempo não para e voltamos ao centro para ver o mirante do Cristo Redentor. Percebemos que a chuva estava chegando e até tentamos nos apressar, mas o passeio era no-stress. Perdemos noção do tempo no almoço com um ótimo papo e logo a chuva chegou! Os nativos, com aquela sabedoria simples do campo, informaram: “É nada! daqui a 30min passa!”. 3h depois, começamos a procurar capas de chuva pela cidade, mas 60 pila por uma Alba emergencial não me pareceu um bom negócio. Vestimos uns sacos de lixo e fomos pra estrada.

Tarde demais… escureceu, ficou frio pacas, e após uma rápida estiada pegamos a chuva novamente próximo à Bragança Paulista. Passamos frio! Em Bragança uma paradinha para um café quente! Na Fernão Dias já estava seco, e 120Km depois em Guaratinguetá as calças começaram a secar. Depois ficou só frio mesmo! A Dutra tarde da noite é movimentada do mesmo jeito, muitos caminhões. Viemos no ritmo de sempre, 110Km/h, sem nenhum problema. Rodamos 1100Km ao todo, só pra “ir ali” conhecer um famoso evento.

Chegamos em casa às 2h da manhã, moídos! Um bom banho quente e as 9h da manhã já estávamos pensando no próximo “bate e volta”!

Fotos aqui!

Pontos Interessantes:
www.valedoouroverde.com.br
www.furiaradical.com.br
www.apaixonadosporcafe.tur.br
www.disneylandiadosrobos.com.br


“Não explico porque ando de moto! Para quem gosta, não é necessário,

e para quem não gosta, nenhuma explicação é possível”

Autor desconhecido


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